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A nossa história começa com um desafio: construir um e-commerce do zero e conseguir lucrar com apenas três dias de funcionamento.
Construir uma loja ou qualquer outro tipo de empresa é algo assustador, principalmente para empreendedores novatos. O que na prática parece simples pode acabar se transformando num processo repleto de etapas, escolhas e decisões; para começar a vender e lucrar, então, nem se fala!
É por essas e outras que muitas lojas virtuais simplesmente não saem do papel: a quantidade assustadora de decisões e imprevistos financeiros pode acabar paralisando muitos empreendedores, que deixam guardado na gaveta o sonho de ter uma própria empresa. No entanto, a verdade é que construir um e-commerce pode ser um processo bem simples – basta você querer.
Aquilo que para nós havia começado como um desafio emocionante, portanto, logo se transformou numa excelente oportunidade para mostrar a outros empreendedores que o processo de abrir uma loja virtual não precisa ser complicado, não precisa envolver gastos exorbitantes e não implica, necessariamente, em altíssimos riscos financeiros.
A história que vamos contar é verídica, e queremos que ela sirva de inspiração para todos. Por isso mesmo, vamos mostrar o passo a passo da criação da nossa loja virtual: como escolhemos o produto e o fornecedor, como divulgamos a nossa nova empreitada e como conseguimos lucrar quase mil dólares em apenas três dias.
É verdade que um empreendimento de e-commerce não precisa envolver um investimento inicial muito alto por parte do empreendedor. Contudo, isso também não quer dizer que é totalmente viável construir um império do e-commerce com investimento zero. No nosso caso, decidimos seguir uma abordagem mais comedida e investimos apenas 500 dólares (uma quantia relativamente alta, mas que poderia ser recuperada sem grandes dificuldades) na nossa empreitada comercial.
Éramos quatro empreendedores trabalhando juntos: Richard, Tommy, Tucker e Mark. Por isso mesmo, a primeira coisa que fizemos foi listar todas as etapas que precisaríamos concluir antes do lançamento do nosso e-commerce.
Depois dessa primeira reunião, definimos uma pequena lista de ações essenciais para o nascimento da loja:
Bom, agora que você já sabe quem nós somos, provavelmente deve estar achando estranho o fato de que os nossos nomes soam um pouco familiares. Pois é, nós escrevemos muitos posts para o blog da Shopify, o que significa que já sabíamos uma coisa ou outra sobre o mundo do e-commerce. Contudo, agora precisávamos tomar uma das decisões sobre as quais sempre comentamos nos nossos textos: escolher o produto que iríamos vender.
Depois de revisitarmos alguns posts, como este do Tucker e alguns outros de nossos colegas, acabamos escolhendo o nosso produto, o chá matcha, um tipo de chá verde altamente popular no Japão.
Este foi o gráfico que o Google Trends nos mostrou:
O chá matcha pode parecer uma escolha meio exótica e inesperada. Por isso mesmo, decidimos listar alguns dos motivos que influenciaram a nossa escolha:
No entanto, também percebemos alguns fatores que poderiam resultar em problemas para o nosso e-commerce:
Mesmo depois de pesarmos os prós e os contras de uma loja virtual de chá matcha, decidimos que valia a pena correr o risco. Era hora de começar a vender chá!
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Quer abrir uma loja virtual mas não sabe o que vender? Com a ajuda do nosso guia gratuito e completo, você encontrará produtos com grande potencial de vendas.
Baixar o guia grátisA segunda etapa, então, era selecionar um modelo de negócios para a nossa loja.
Pela própria natureza do produto (e também por conta do curto prazo do nosso desafio), nós sabíamos que era essencial escolher um modelo no qual pudéssemos vender diretamente para os clientes finais.
Outra decisão importante foi a de comprar o matcha já pronto, e não fabricá-lo manualmente. É verdade que a fabricação própria do produto pode resultar em boas margens de lucro, mas nós precisávamos não só ter uma loja virtual pronta como também tínhamos que lucrar em apenas três dias; por isso, acabamos escolhendo o modelo de negócios do dropshipping.
A terceira etapa, definido o modelo de negócios, era encontrar um fornecedor de qualidade que pudesse nos enviar o chá matcha. Nós estávamos atrás de um fornecedor confiável, que trabalhasse com preços acessíveis, valores de envio reduzidos e que detivesse os direitos de reprodução e publicação dos conteúdos do site, como imagens e fotos do produto.
Nosso primeiro instinto foi o de procurar fornecedores locais, que estivessem situados na mesma cidade ou na mesma região que nós quatro aqui no Canadá. Para isso, usamos o bom e velho Google, que nos deu alguns resultados bastante interessantes. Vejamos uma busca brasileira, com palavras-chave como “chá matcha são paulo” ou “chá a granel são paulo”:
Interessante, não é? É sempre bom descobrir um mercado confiável de fornecedores para o seu produto. Foi o que aconteceu conosco aqui em Toronto. No entanto, quando entramos em contato com as lojas canadenses, não recebemos as respostas que estávamos esperando.
O que descobrimos foi que a grande maioria de fornecedores e lojistas que vendem chá em grandes quantidades preferem manter o rótulo próprio da marca nas embalagens, e por isso mesmo não aceitam muito bem a ideia de vender o seu produto sob o nome de uma marca diferente.
Alguns fornecedores locais também estavam buscando parceiros que pudessem revender seus chás em outras lojas, algo que simplesmente não era viável para nós.
Decidimos continuar a nossa busca, mas dessa vez estipulamos um escopo mais abrangente.
Bom, como o nosso canal de busca ainda era o Google, tentamos pesquisar palavras-chave menos específicas, como “dropshipping de chá e café”, “dropshipping de chá matcha” e outras variantes. Dessa vez, encontramos inúmeros resultados – e ganhamos uma tarefa interminável.
O fato é que realmente não é fácil encontrar um fornecedor. Nós trocamos diversos e-mails com dezenas de fornecedores diferentes, mas nenhum deles estava disposto a trabalhar com uma loja virtual que sequer existia. Outros tantos trabalhavam apenas com uma quantidade mínima de encomendas, o que também não funcionaria para nós, já que nem sabíamos se a loja teria clientes.
Foi então que decidimos cavar ainda mais fundo.
Por volta da décima página de resultados do Google e com quase centenas de e-mails de rejeição acumulados na nossa caixa de entrada, tivemos uma revelação: se você pegar o telefone e falar de maneira honesta com a pessoa, as suas chances de ser levado a sério aumentam consideravelmente.
Vender uma ideia que ainda não tinha nem saído do papel para uma pessoa totalmente desconhecida foi, no mínimo, intimidador; mas foi o empurrão final para que a nossa loja virtual pudesse existir.
Depois de muito procurar, encontramos um fornecedor que trabalhava com o dropshipping e que podia oferecer praticamente tudo o que estávamos procurando, como:
Quase nos esquecemos do mais legal: o nosso fornecedor claramente gostava do chá matcha e do que fazia, o que deu ao processo todo um toque ainda mais genuíno e carinhoso.
Além disso, esse fornecedor também se fez presente ao longo de todo o processo de compra e envio, sempre disposto a responder as nossas perguntas.
Pronto, finalmente tínhamos o nosso fornecedor. Agora, precisávamos testar o produto para averiguar a qualidade (e verificar se o investimento realmente valeria a pena). Além disso, também estava chegando a hora de tirar as fotos do produto para ilustrar o site.
Quando descobrimos que o custo de envio para o Canadá era de US$ 30,00, decidimos não vender para outros lugares que não os Estados Unidos, país no qual o nosso fornecedor estava situado.
Com a latinha de chá matcha finalmente nas nossas mãos, levamos o produto para o escritório e pedimos que todos os nossos amigos amantes de chá o experimentassem. Para o nosso alívio, todos adoraram!
Agora sim, a coisa estava começando a ficar séria.
Já que o nosso objetivo era criar uma marca premium de chá, os nossos preços também precisariam refletir essa escolha. Depois de uma rápida pesquisa nas lojas e sites que seriam nossos concorrentes, descobrimos que o valor médio para embalagens de 30g de chá matcha variava entre US$ 15,00 e US$ 30,00.
Como o nosso custo era de US$ 10,25 por lata, fixamos o preço para o nosso matcha em US$ 24,99 – um valor que nos daria uma margem de lucro de 60% para cada lata vendida. Vale lembrar que 60% é uma margem de lucro relativamente alta no mundo do dropshipping.
Nós já tínhamos lido o texto do Tucker que falava sobre as táticas de precificação psicológica e sabíamos que muitos clientes tendem a associar o preço de um produto com a qualidade do mesmo. E foi assim que encontramos o valor ideal para o nosso matcha.
Tendo em vista o nosso preço mais elevado e o interesse quase que mundial em produtos orgânicos e estilos de vida naturais, nós sabíamos exatamente o tipo de marca que precisávamos construir.
Para que pudéssemos nos adequar facilmente a esse mercado, demos uma olhada nos perfis e sites de marcas similares, como a Lululemon, marca já famosa pelas roupas de yoga, e a SkinnyMe Tea.
Logo de cara, notamos algumas semelhanças nas cores e também no design das lojas dessas duas marcas: muitos espaços brancos, num estilo clean, e muitas mensagens que incentivam um estilo de vida mais saudável.
Como veremos mais abaixo, foi exatamente esse o nosso foco: criar uma marca que conservasse uma identidade moderna, um visual cleane uma mensagem positiva.
Escolher um nome para a loja e para o produto sempre é um processo que demanda muita atenção e muito cuidado. No nosso caso, sabíamos que o ideal seria um nome simples e divertido, então acabamos testando alguns dos geradores de nomes mais populares da internet. É claro que não poderíamos deixar de usar o Gerador de nomes para empresas da Shopify, que nos sugeriu domínios realmente incríveis:
Depois de repetirmos o processo em algumas (muitas) ferramentas que oferecem serviços de geração de nomes e domínios, ficamos com uma lista de 12 nomes:
Pensamos, discutimos e depois pensamos mais um pouco, e acabamos escolhendo o nome Hello Matcha: simples, divertido e fácil de ser lembrado. O fato de que o domínio hellomatcha.com estava disponível também pesou na hora da escolha.
O logotipo da nossa marca precisava transmitir a própria identidade que estávamos tentando criar: a de uma loja que fosse clean,moderna e atenta às tendências do setor.
No mundo ideal, teríamos contratado um designer profissional para nos ajudar na importante tarefa de criar um logotipo. Porém, estávamos correndo contra o relógio e simplesmente não podíamos nos dar a esse luxo.
É verdade que, num grupo de quatro empreendedores, nenhum de nós tinha a menor ideia de como trabalhar profissionalmente com design. Por sorte, tínhamos algumas noções bem básicas do Adobe Photoshop, então conseguimos criar um logotipo simples, sem grandes elaborações gráficas.
Depois de alguns pequenos ajustes (a questão principal era escolher uma fonte legível e elegante, então acabamos escolhendo uma do tipo Sans Serif), o nosso logotipo estava pronto:
Simples, agradável e direto ao ponto! Além disso, ele pode ser compactado ou expandido sem grandes alterações na formatação. Em outras palavras: criamos o logotipo perfeito! Ah, e a folhinha de chá é um ícone pronto que já existe no Photoshop.
Atenção: se você ainda está montando a sua primeira loja virtual e quer criar o seu próprio logotipo sem a ajuda do Photoshop, dê uma olhadinha neste post, que indica algumas das melhores ferramentas virtuais para essa tarefa. Se preferir, também pode utilizar o Criador de logotipos da Shopify.
Com o logotipo pronto, estava na hora de começar a criar os rótulos para os nossos produtos, que estariam anexados às embalagens do chá. A grande dificuldade desta etapa era criar algo que, quando impresso, não distorcesse o logo da marca, não alterasse a escala de cores da loja e ainda estivesse dentro do nosso orçamento. Como os rótulos seriam impressos pelo nosso fornecedor, a pressão era ainda maior.
Depois de anotarmos as medidas exatas das embalagens do fornecedor, começamos a projetar os rótulos. Mais uma vez, contamos com a ajuda do Photoshop.
Nós sabíamos que o nosso rótulo precisava incluir as seguintes informações:
Depois de alguns rascunhos, finalmente criamos os nossos primeiros modelos:
Decidimos imprimir as três versões:
Depois de analisá-las em papel, acabamos escolhendo o terceiro modelo:
É importante destacar a importância de analisar o produto na sua forma final – neste caso, os rótulos impressos, tais como seriam recebidos pelos clientes. Foi por isso que decidimos investir US$ 16,95 na impressão profissional desses rótulos já na forma de adesivos, para que pudéssemos julgá-los de maneira concreta.
Não há palavras para descrever a nossa emoção ao receber aqueles primeiros adesivos: o nosso projeto estava ganhando vida!
A próxima coisa a fazer era mandar esses adesivos para o nosso fornecedor, já que ele seria responsável pelo envio final do produto. Escolhemos o serviço de impressão da StickerGiant, que nos cobrou US$ 85,56 por um pacote de 250 adesivos.
Atenção: no Brasil, é possível encontrar esse tipo de serviço em sites como o da Printi e o da Atualprint.
Já cansamos de falar, mas vale repetir: não tínhamos nem o tempo hábil e nem o dinheiro para investir em determinadas áreas tão relevantes para o sucesso de um e-commerce, como, por exemplo, a fotografia de produto. Por isso mesmo, só contávamos com quatro câmeras de celulares.
Pode até parecer meio desesperador o fato de poder contar apenas com smartphones para uma tarefa tão relevante, mas a verdade é que o blog da Shopify já tinha nos ensinado que é possível tirar boas fotos de produto com um celular (mesmo se você não for profissional).
Então, mãos à obra!
Procuramos um lugar bem iluminado no escritório, de preferência um espaço perto das janelas, e posicionamos uma latinha de chá matcha em cima de uma superfície clara.
Encontrado o espaço, tiramos várias fotos de diferentes ângulos com um iPhone 6:
Depois de compilar um pequeno álbum de fotos, exportamos todas elas para o computador e realizamos um trabalho básico de edição no Photoshop para aumentar o brilho.
Ainda faltava resolver um outro problema de edição: remover o plano de fundo da imagem (que, na foto acima, é não só a superfície da mesa, mas também o fundo embaçado da foto). Para isso, usamos o Clipping Magic, ferramenta totalmente gratuita e intuitiva.
Se tivéssemos tempo e dinheiro, teríamos ainda realizado uma última etapa de edição das imagens em serviços e apps parceiros da Shopify, como o Pixelz e o Pixc.
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Ver appsAbaixo, mostramos a diferença entre o antes e o depois da edição de imagens.
Antes:
Depois:
Antes:
Depois:
A nossa loja venderia um só produto: o chá matcha. Isso significava, portanto, encontrar um tema que fosse excelente para exibir e anunciar apenas um único produto.
É claro que poderíamos ter usado qualquer um dos excelentes temas gratuitos da Shopify. Contudo, decidimos investir no tema Startup, o que acabou nos custando US$ 180,00.
Pode até ser um preço um pouco salgado para alguns empreendedores, mas como nós havíamos economizado boa parte dos nossos 500 dólares, decidimos que estava na hora de correr (mais um) risco. Além disso, o tema Startup é esteticamente agradável, é fácil de personalizar e oferece diversos recursos exclusivos sem a necessidade de um processo complicado de codificação. A equipe do Pixel Union realmente não brinca em serviço: os temas deles são excelentes!
Como a nossa ideia era mostrar o passo a passo do processo de criação da loja, decidimos trabalhar apenas com os recursos que já estavam disponíveis no tema e não acrescentar nada que pudesse parecer minimamente complicado em termos de configuração ou codificação.
Quando nós quatro nos sentamos para criar o site da loja, sabíamos que alguns elementos simplesmente não poderiam ficar de fora:
Depois de algumas horas de trabalho, finalmente nascia a Hello Matcha Tea (cujo site está temporariamente indisponível no momento):
Todo lojista sabe da importância de uma boa página de produto. É nela, afinal, que ocorre grande parte do processo de conversão e fidelização de clientes – e é nela também que muitas compras são decididas. Na hora de criar a página de produto da Hello Matcha, então, sabíamos que os oito itens abaixo eram presença obrigatória:
Acabamos criando uma página de produto que apresentava não só um pequeno quadro com três abas (descrição do produto, instruções para utilização e preparo e informações gerais sobre o chá), mas também um quadro rosado de alta visibilidade, que listava os principais benefícios do matcha.
O objetivo principal de qualquer estratégia de marketing é encontrar os melhores canais de publicidade para uma loja (e anunciar o seu produto para o maior número possível de compradores interessados). Como a nossa meta era atingir um número elevado de compradores dentro de pouco tempo, decidimos utilizar diversos canais de vendas de uma só vez.
Alguns canais funcionaram, mas outros simplesmente nos deixaram na mão. Foi por isso mesmo que decidimos relatar o processo inteiro abaixo: é importante, afinal, mostrar que o segredo para o sucesso de fato está no processo de tentativa e erro.
Quando chegamos nesta etapa, já estávamos correndo contra o tempo. A Hello Matcha precisava lucrar – e rápido.
Já mencionamos o fato de que vivemos no Canadá e o nosso fornecedor só podia enviar produtos para os Estados Unidos. Foi por isso que, quando decidimos usar o boca a boca entre nossas famílias e amigos, apenas um de nós quatro, que é americano, poderia fazer isso e de fato gerar algum lucro para a nossa loja.
Tommy criou uma estratégia própria que consistia numa combinação do Skype com e-mails, anúncios no Facebook, postagens no Twitter e conversas no Google Chat; tudo isso para garantir que atingisse todos os seus conhecidos que pudessem ter algum interesse pelo produto.
A título de curiosidade, aqui vai uma captura de tela do computador dele no auge do boca a boca:
A estratégia de Tommy acabou se mostrando bastante eficaz no primeiro dia, e a loja contabilizou algumas vendas. Contudo, nem todas as pessoas com as quais ele conversou compraram o produto (vale destacar: ninguém achou que os convites eram invasivos ou inapropriados).
Resultado: realizamos 6 vendas!
O Product Hunt é uma excelente plataforma para empreendedores que querem anunciar produtos e promoções. De fato, você vai encontrar um pouco de tudo por lá: apps para dispositivos móveis, sites, projetos de hardware e até mesmo invenções tecnológicas. Por mais que esteja totalmente em inglês, o Product Hunt é um canal valioso para lojas e ideias com potencial. No entanto, vale lembrar que todas as postagens precisam ser aprovadas por um moderador.
Por sorte, um de nós já conhecia a plataforma e era amigo de um curador do Product Hunt, o que acelerou o processo de publicação da Hello Matcha no site.
Se você nunca ouviu falar do Product Hunt, vale a pena conferir! Aqui vai uma captura de tela da plataforma:
O resultado? Conquistamos mais de 900visitantes. Parece até difícil de acreditar, mas temos a captura de tela da nossa ferramenta de análise:
No entanto, esses mais de 900 visitantes acabaram gerando apenas 12 vendas. A lição que aprendemos com o Product Hunt, portanto, é a de que não basta “aparecer” em uma plataforma de alta visibilidade: você precisa contar com pessoas influentes que possam anunciar o seu produto (ou impulsionar o número de vendas).
Se você ainda assim quiser optar por esse tipo de estratégia, vale a pena lembrar que o Product Hunt não é a única plataforma para a divulgação de novos produtos. Por isso mesmo, é importante pesquisar aquela que melhor converse com a sua marca.
Resultado: 902 visitantes, mas apenas 12 vendas.
O Reddit é sem dúvidas um dos maiores canais da internet, oferecendo desde conteúdos divertidos e notícias mundiais até uma gama incrivelmente variada de imagens, vídeos e curiosidades. Mesmo que você nunca tenha usado a plataforma, com certeza já viu algum conteúdo que foi gerado por lá.
O fator mais importante do Reddit, no entanto, é a existência dos chamados “subreddits”: um espaço no qual é possível criar um tópico para discussão sobre qualquer tema, e possivelmente encontrar outras pessoas que também estejam interessadas naquilo. Aqui na Shopify, nós já relatamos algumas histórias de sucesso que começaram na plataforma, mas é importante lembrar que toda e qualquer abordagem pública no Reddit deve ser feita com bastante cuidado e atenção, pois os usuários costumam ser resistentes a conteúdos que possam oferecer algum tipo de risco à comunidade.
Em outras palavras: a grande maioria dos usuários do Reddit não está ali para receber anúncios diretos de produtos, mas sim para conversar.
A nossa estratégia para o Reddit, portanto, era criar um conteúdo que pudesse atrair os amantes do chá e que também pudesse ser publicado no blog da Hello Matcha, vinculando assim os usuários do Reddit à loja.
A primeira coisa a fazer, então, era pesquisar ideias para conteúdos dessa natureza. Para isso, contamos com a ajuda do BuzzSumo, um site incrível e bastante popular no mundo do e-commerce e da publicidade, que lista conteúdos relevantes com base na palavra-chave inserida. Mesmo estando em inglês, a interface da ferramenta é bem intuitiva, vale a pena conferir!
Reduzimos o escopo da nossa busca para conteúdos produzidos durante os últimos seis meses e que possuíssem a palavra “chá”, pois o nosso objetivo era encontrar uma área de interesse que servisse ao nosso propósito de unir o blog da Hello Matcha aos usuários do Reddit.
Logo em seguida, encontramos um artigo clickbait publicado no Diply, uma plataforma de conteúdos diversos. O artigo em questão tinha mais de 91 mil compartilhamentos e mostra alguns usos inesperados para os saquinhos de chá:
Aqui está o artigo em questão, tal como estava no Diply:
O título do artigo em inglês dá destaque para apenas um uso possível para os saquinhos: como e por que utilizá-los em uma pia cheia de louças sujas. No entanto, o vídeo mostrava outros cinco usos diferentes (um mais interessante do que o outro!).
O que fizemos, portanto, foi salvar algumas capturas de tela do vídeo e criar, a partir desse conteúdo, um pequeno post para o nosso blog com o link para o vídeo original no fim. Essa abordagem, excelente para disseminar bons conteúdos, é amplamente utilizada pelo Buzzfeed.
Vejamos o resultado final:
Uma vez publicado, era hora de compartilhá-lo no Reddit... Mas em qual subreddit? O nosso conteúdo era sobre chá, mas ele também caberia muito bem em um tópico que falasse sobre dicas para economizar dinheiro ou então truques para facilitar a rotina. Por isso, acabamos escolhendo o subreddit Today I Learned (TIL) – Hoje eu aprendi que...
Aqui está a nossa publicação no Reddit:
Com ela, geramos 11 curtidas, 8 comentários e 48 visualizações do blog – mas nenhuma venda.
Foi então que percebemos que não bastava só publicar o nosso conteúdo na internet: nós precisávamos publicar e anunciar o nosso conteúdo de maneira segmentada, para que ele atingisse o pessoal que é louco por chá.
Com isso em mente, procuramos o subreddit dedicado aos chás (r/tea) e de cara percebemos que os posts mais curtidos eram aqueles que mostravam designs inesperados e elegantes de canecas e conjuntos para chá. Filtramos os resultados para exibir apenas os posts mais populares ao longo do último ano e, em seguida, salvamos as fotos que haviam sido publicadas nesses posts:
Com esse conteúdo em mãos, organizamos tudo em um novo post e seguimos os mesmos passos de antes: um post no blog da loja e uma publicação no Reddit.
Infelizmente, nunca saberemos o potencial desse post, já que ele foi removido pelos moderadores algumas horas após a publicação. Por mais que não tenhamos descumprido nenhuma regra do subreddit, até hoje não descobrimos o que motivou essa exclusão.
Foi um processo bem chato, mas ele serve para mostrar que conseguir bons resultados no Reddit depende, em grande parte, da cooperação dos outros usuários (e de uma comunidade que, possivelmente, não é a sua).
O balanço final nos mostrou que, apesar de não ter funcionado muito bem para a Hello Matcha, o Reddit pode sim ser um excelente canal para gerar e impulsionar tráfego (e para fidelizar clientes). Vale destacar, por exemplo, que poderíamos ter explorado outros subreddits voltados para pessoas que adoram chá ou canecas, como o /r/shutupandtakemymoney, o /r/TeaPorn e o /r/muglife.
Resultado: 109 visitas; zero vendas.
Nós já lemos bastante sobre o marketing no Instagram e sabíamos que, se usado corretamente, ele pode ser um ótimo canal de vendas (e um aliado poderoso para gerar tráfego segmentado).
Fotos e imagens inesquecíveis: quer criar um Instagram realmente diferente? O Burst tem mais de mil imagens à sua espera!
Também sabíamos que, para dar certo, a nossa estratégia precisaria contar com a ajuda de influenciadores digitais com um alcance considerável.
Aqui está o nosso perfil, tal como é hoje:
Quando começamos a nossa busca por influenciadores ideais, tentamos reduzir a nossa estratégia para a realização de posts pagos. Em linhas gerais, a coisa funciona da seguinte maneira: a marca paga um valor fechado para que o influenciador faça uma publicação com o produto (e, de preferência, mencione a marca).
Para que o nosso produto atingisse o público ideal, pensamos primeiro em influenciadores e perfis que trabalhassem com os seguintes temas:
Como conseguimos reduzir o nosso escopo e encontrar apenas perfis com essa temática? Bom, seguimos as hashtags abaixo no Iconosquare (que, apesar de estar disponível apenas em inglês ou em francês, é uma das melhores ferramentas do mercado):
#tea #teaaddict #teagram #tealovers #teatime #teacup #teaoftheday #healthy #tealover #matcha #matchatea #followyourdreams #afternoontea #instatea #like4like #fitness #teatox #detox
No entanto, foi quase impossível encontrar um perfil que estivesse disposto a aceitar o nosso orçamento (não podíamos passar de US$ 60,00) ou os nossos prazos (a publicação precisava sair em menos de três dias). Além disso, os influenciadores que não recusaram a nossa oferta simplesmente não nos responderam, o que complicou ainda mais a nossa estratégia.
Depois disso, decidimos que a melhor coisa a fazer era comentar, curtir e seguir contas que compartilhassem dos valores e interesses da nossa marca.
Na hora de realizar a integração entre a loja virtual e o perfil da marca no Instagram, enfrentamos alguns outros desafios, como o fato de que a plataforma permite a inclusão de links apenas na bio do perfil e não nas publicações. Contudo, a maior dificuldade estava em criar uma experiência de compra que começasse no Instagram e terminasse no checkout da loja – algo que, de fato, não conseguimos explorar.
Por isso mesmo, não temos como averiguar se as vendas que começaram com visitantes que procuraram pela Hello Matcha voluntariamente nos seus navegadores foram influenciadas ou não pelo nosso perfil no Instagram. Porém, se pudéssemos voltar atrás e mudar alguma coisa, certamente teríamos oferecido um desconto especial para os nossos seguidores do Instagram. Esse recurso, além de ser um bom incentivo de compra, também é uma forma de rastrear a origem dos clientes.
Resultado: 12 vendas (não confirmadas).
O Pinterest era mais um dos gigantes de vendas que nós queríamos experimentar. Uma busca rápida pela palavra “matcha” na plataforma mostrou centenas de pins populares que incluíam receitas com o ingrediente:
Promissor, não é mesmo?
No entanto, nós não tínhamos tempo hábil para cultivar um número considerável de seguidores no Pinterest (lembre-se: tínhamos apenas três dias!). Por isso mesmo, decidimos que a melhor coisa a fazer era tentar aproveitar o público de outra pessoa. Para isso, precisávamos encontrar um perfil que aceitasse fazer um post pago, anunciando a nossa marca.
Ao longo da nossa busca pelos pins mais relevantes, encontramos várias receitas de chá verde que estavam alcançando um número bem elevado de seguidores. Era a nossa chance: pesquisamos na internet algumas receitas parecidas e criamos uma versão nossa de um latte de chá verde. Aqui está a nossa postagem do blog, que obviamente foi vinculada ao Pinterest:
Para publicar esse conteúdo no Pinterest, sabíamos que o ideal era escolher contas e pins que compartilhassem conteúdos sobre bem-estar e alimentação saudável. Depois de selecionar alguns dos mais interessantes, entramos em contato com os administradores desses perfis para saber se eles aceitavam posts pagos.
Assim como havia acontecido no Instagram, alguns perfis simplesmente nos ignoraram – mas, desta vez, tivemos uma resposta!
O perfil que topou a nossa proposta publicava conteúdos sobre saúde e bem-estar e, com mais de 11 mil seguidores, aceitava posts pagos no valor de US$20,00 (ou seja, estava dentro do nosso orçamento).
Fizemos a transferência pelo PayPal e, algumas horas depois, o nosso pin já havia sido publicado:
Com ele, conseguimos 50 republicações, 7 curtidas e 17 visualizações da loja virtual:
No final das contas, não conseguimos realizar nenhuma venda pelo Pinterest. É meio decepcionante, claro, mas também não foi nenhuma surpresa: sabíamos que o nosso tempo era muito limitado. Se tivéssemos feito do Pinterest uma estratégia a longo prazo, a plataforma certamente teria sido um importante canal de vendas para a Hello Matcha (especialmente se o foco fosse a publicação de receitas com o chá).
Resultado: 17 visitas; zero vendas.
Atenção: nós não utilizamos osPins Compráveis do Pinterest nesta estratégia.
É claro que não deixaríamos o Facebook de fora dos nossos planos. Como uma das plataformas de publicidade mais detalhadas da internet, o Facebook parecia ser o lugar ideal para criar anúncios segmentados que redirecionassem os usuários até a página da Hello Matcha.
Este foi o nosso primeiro anúncio:
No processo de configuração e segmentação do anúncio, fizemos as seguintes filtragens: o anúncio seria segmentado para usuários dos Estados Unidos, que tivessem entre 18 e 50 anos e demonstrassem interesse em “chá verde”, “matcha”, “Gyokuro e Sencha” (dois tipos de chá verde) e “David’s Tea”, uma marca famosa de chás.
O nosso gasto total foi de US$ 24,11. Os resultados estão listados abaixo:
Saímos no prejuízo com a nossa estratégia para Facebook, mas a campanha foi extremamente limitada: nós não fizemos nenhum ajuste e nenhuma melhoria para impulsionar o conteúdo e desistimos depois de pouco tempo porque, como já falamos antes, tínhamos apenas três dias.
Contudo, o Facebook pode sim ser um excelente canal de vendas, basta um planejamento a longo prazo.
Resultado: 45 visitas; 1 venda.
O que fizemos com o Twitter foi um pouco diferente. Ainda que não tenhamos utilizado a plataforma como um canal de vendas, todos nós publicamos alguma coisa sobre o nosso e-commerce – e recebemos, em troca, algumas curtidas e retweets. No total, essas pequenas mensagens publicadas nas nossas contas privadas resultaram em 184 visitantes e, graças ao tweet abaixo, em uma compra:
Resultado: 184 visitas; 1 venda.
Depois de três dias de muito trabalho, estávamos exaustos, mas com uma sensação de dever cumprido! Vejamos, então, os resultados do nosso empreendimento-relâmpago:
Tráfego gerado: 2.414 visitas
Compras salvas nos carrinhos: 101 (4,18%)
Compras que chegaram ao checkout: 97 (4,02%)
Compras realizadas: 32 (1,33%)
Receita final: US$ 922,16
Não conseguimos rastrear a origem de todas as vendas, mas, com base nos nossos dados, foi possível construir um pequeno mapa:
* Como já falamos lá em cima, o Instagram só permite a inclusão de links na bio do perfil, o que torna o processo de compra bastante complicado, pois não conseguimos fazer a integração entre o nosso perfil e a loja virtual da Hello Matcha. Por isso mesmo, não há como especificar se as vendas originárias de pesquisas orgânicas sobre a Hello Matcha vieram, de fato, de usuários do Instagram que visualizaram o nosso perfil e depois procuraram pela nossa loja na internet.
Tudo isso começou como um desafio que, inicialmente, custaria apenas US$ 500; no entanto, acabamos gastando um pouquinho mais do que isso. O nosso maior gasto foi, sem dúvidas, o tema da Shopify – não havia necessidade de escolher um que fosse tão caro, mas nós achamos que ele era a melhor opção para o nosso projeto.
Os outros gastos foram mínimos: desde a impressão dos rótulos e adesivos (o ideal, é claro, seria ter feito uma encomenda menor) até as estratégias de marketing. Aqui estão todos eles:
O lucro de pouco mais de 50 dólares pode parecer mínimo, mas é importante lembrar que a grande maioria dos nossos custos estava atrelada a tentativas experimentais de marketing. Se tivéssemos tido mais do que três dias para ampliar a Hello Matcha, os lucros certamente seriam mais relevantes.
Agora que você já viu o passo a passo para construir um e-commerce e realizar as suas primeiras vendas, não tem mais desculpas para ficar aí sonhando acordado: está na hora de botar a mão na massa!
É claro que você não precisa fixar o prazo de três dias e muito menos o orçamento de 500 dólares; siga o seu próprio ritmo, mas lembre-se sempre das nossas dicas. Se quiser saber mais sobre o nosso projeto ou se precisar tirar alguma dúvida, é só falar com a gente pelos comentários aqui embaixo. Bons negócios e sucesso para você!
Dica para empreendedores: se você está pensando em montar um e-commerce baseado no modelo do dropshipping, considere trabalhar com o Oberlo, parceiro da Shopify.
Sobre a autora
Gabriela Jungblut é editora-chefe do blog da Shopify em português, gestora de marketing de conteúdo para o mercado brasileiro, tradutora e intérprete de conferências.
Post original em inglês: Richard Lazazzera
Tradução e localização: Marcela Lanius
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