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Eu preciso comprar um rímel novo. E, por mais que eu tenha as minhas marcas favoritas, atualmente nenhuma delas tem um rímel que me agrade.
A verdade é que eu não sei nem por onde começar a procurar: só a rede de farmácias mais próxima da minha casa vende mais de 200 marcas de produtos de maquiagem, e a Sephora revende outras 250 opções. E é claro que cada uma dessas quase quinhentas marcas deve ter uns dez tipos de rímel que prometem aumento de volume ou são à prova d'água. O resultado? Eu, cliente, tenho muitas opções. Não consigo escolher!
Para os empreendedores que querem entrar no mercado dos produtos de beleza, essa saturação de marcas é um desafio extremamente preocupante.
Será que existe espaço para mais um BB cream ou outro batom matizado? Como é que você, dona de uma pequena marca, colocará seus produtos no mercado? Como anunciar e lucrar com um novo rímel em um mercado com centenas de produtos iguais? Como abrir uma loja online de maquiagem e cativar clientes?
Como é que você, dona de uma pequena marca, colocará seus produtos no mercado?
Por sorte, o e-commerce e o acesso simplificado aos recursos de manufatura acabaram abrindo as portas de um mercado historicamente dominado por pouquíssimas marcas. E ainda há espaço para novas marcas.
Não é nenhuma novidade que todo dia aparece uma nova tendência ou um interessante mercado de nicho – e as marcas que conseguem entrar logo no mercado (nós mostraremos como) são aquelas capazes de capitalizar em cima dessas novidades e preencher algumas lacunas do setor.
Eu entrevistei duas lojistas da Shopify especializadas em maquiagem (com lojas virtuais e físicas) e pedi que elas me contassem suas experiências.
India Daykin é a proprietária da loja de nome homônimo, India Rose. Com lojas físicas em Vancouver, no Canadá, a sua proposta é a criação de cosméticos naturais.
Kate Loveless, por sua vez, criou a Redhead Revolution depois de penar para encontrar uma maquiagem compatível com o seu tom de pele e cílios. Na sua loja de e-commerce da Shopify, ela cria e vende produtos como o rímel “Honest Auburn” (ou “Ruivo sincero”).
Só no ano de 2014, o setor de maquiagem do Brasil faturou 101 bilhões de reais. Você quer um pedacinho desse lucro? Pode ir com tudo – mas vamos tomar um cafezinho primeiro para que eu possa te fazer algumas perguntas:
Se você quiser validar uma ideia de produto, estude as tendências do momento. Há várias maneiras de fazer isso.
Vamos supor que o seu objetivo é entrar no setor de cosméticos. Para isso, o ideal é que você já seja um consumidor regular de produtos dessa natureza.
Vamos supor que o seu objetivo é entrar no setor de cosméticos. Para isso, o ideal é que você já seja um consumidor regular de produtos dessa natureza.
Outra opção é dar uma olhadinha no Google Trends e avaliar se há interesse na sua ideia. Veja abaixo algumas opções interessantes:
Várias marcas tiveram sucesso ao direcionarem seus serviços para um público-alvo com necessidades bem específicas:
“Nós vendemos várias marcas de nicho que quase não são comercializadas no Canadá. Além disso, temos vários clientes no Quebec, porque as leis de lá são um pouco diferentes: é bem difícil importar algo para lá. A nossa loja consegue, o que é um diferencial incrível.”
– India, da India Rose Cosmeticary
“Nossos batons têm pigmentação diferenciada para aparecer em nossos lábios e as cores foram pensadas para que combinassem com a nossa beleza. Temos nudes que realmentesão para nós.”
– Rosangela José da Silva, diretora de criação da Negra Rosa
Lembre-se que, em um setor baseado em estética, a identidade visual de uma marca é algo especialmente relevante. Por isso, é importante que embalagem, logotipo, voz e design reflitam os seus valores, contem uma história e criem uma experiência exclusiva para os seus clientes.
Alguns cosméticos, como batons, óleos especiais e bombas de sais de banho podem ser produzidos no conforto da sua própria casa. Se você escolher essa opção, lembre-se de testar e documentar todo o processo. Isso será extremamente importante para que a sua fórmula se mantenha a mesma caso você decida expandir o catálogo de produtos.
Por mais que a sua fábrica seja o balcão da sua cozinha, é importante seguir as regulamentações e diretrizes governamentais para tal atividade. O estado de Goiás, por exemplo, disponibilizou virtualmente um Manual de Diretrizes para a indústria cosmética; vale a pena conferir e verificar se você está de acordo com o padrão do setor.
Imagem: Applying Lip Balm, imagem gratuita do Burst
Quando usamos esta palavra, estamos nos referindo ao processo de fabricação de cosméticos em uma instalação de grande ou médio porte. Por mais que algumas marcas ou lojas online de maquiagem tenham suas próprias fábricas, é comum que vários produtores utilizem uma mesma fábrica.
Quando a Kate lançou a Redhead Evolution, ela fazia todos os produtos em casa e os vendia pela Etsy; mas, quando chegou a hora de fabricar o rímel, ela pediu a ajuda de profissionais para que a fórmula ficasse perfeita. Foi só depois disso que ela decidiu expandir a marca.
“Quando eu passei o processo de manufatura para um fabricante, pude expandir a palheta de cores da marca. Mas eu queria escolher o fabricante certo: um que fosse capaz de produzir um produto de boa qualidade e com ingredientes naturais. A minha ideia não era utilizar somente produtos orgânicos, mas sim produtos de qualidade. Por sorte, encontrei um fabricante pertinho da onde eu morava – e por isso pude ir até lá pessoalmente, conhecer todo o processo e as pessoas envolvidas na criação.”
– Kate, da Redhead Revolution
O Brasil já conta com algumas opções de fabricantes especializados na produção de maquiagem, como a Florus e a Labphyto.
No mundo dos cosméticos, um white label (ou fabricante sem marca) é aquele que confecciona produtos que podem ou não ser personalizados com a adição de cores ou fragrâncias – e que são, em seguida, comercializados por uma marca. Desse modo, várias marcas de cosméticos podem vender produtos bastante similares, que apresentam apenas variações sutis de tom ou uma embalagem diferente.
A opção descrita acima é ideal para marcas que vendem um produto extremamente novo ou um conceito ainda inédito. Por exemplo: vamos supor que você está lançando uma loja temática sobre unicórnios, e um dos seus produtos é um batom vermelho com uma embalagem diferenciada, cheia de unicórnios e outros temas fantásticos. Nesse caso, o batom deixa de ser o destaque – pois o mais importante, para a sua marca, é o conceito.
O white label é um recurso excelente para quem quer reduzir o tempo entre o conceito inicial e o produto final – e extremamente relevante para quem trabalha com tendências.
O white label é um recurso excelente para quem quer reduzir o tempo entre conceito inicial e produto final – e extremamente relevante para quem trabalha com tendências.
Ficou interessado? Veja abaixo algumas leituras recomendadas:
Outra opção é eliminar a etapa de manufatura e revender produtos de outras marcas. O mais legal é que, nesse caso, você pode criar uma experiência de compra totalmente exclusiva. Que tal vender marcas locais? Produtos orgânicos ou naturais? Produtos cosméticos para um certo tipo de pele?
“Quando eu comecei, tinha um quadro na minha sala de jantar com o nome de todas as marcas que eu queria revender – e se elas haviam ou não me dado algum tipo de retorno. Eu acho que o melhor caminho é ter uma abordagem sincera: o que eu fiz foi basicamente ligar e mandar e-mails para essas marcas gigantescas. Eu tentei ser o mais sincera possível, com emails recheados de informações sobre a marca e sobre eu mesma para que eles ficassem curiosos – e entrassem em contato.”
– India, da India Rose Cosmeticary
Eu acho que o melhor caminho é ter uma abordagem sincera.
Antes de seguir os conselhos de India, considere os pontos abaixo para a sua loja online de maquiagem:
Qualquer que seja o caminho escolhido, é importante que você tenha em mente algumas diretrizes e observações antes de começar a produção para a sua loja online de maquiagem.
Quando falamos de cosméticos, o mais importante é ter certeza de que aquilo que estiver descrito na embalagem corresponda ao conteúdo do produto. Por isso mesmo, escolha a dedo os seus ingredientes e fornecedores:
Leituras recomendadas:
As embalagens de produtos cosméticos podem ter algumas finalidades:
Também é importante lembrar que, assim como os produtos, as embalagens também precisam ser testadas – e, se forem produzidas por fabricantes diferentes, elas precisam ser testadas em conjunto, como Megan Cox descobriu.
“A embalagem foi um grande problema na minha vida: eu perdi vários clientes por conta dela. Os pincéis ficaram bonitos, mas a formulação e a cola dos pincéis não combinaram – e as cerdas começaram a cair. Hoje em dia, eu mesma faço o controle de qualidade. Eu preciso me certificar de que tudo esteja certo, pois não posso cometer o mesmo erro novamente. Só este ano, já fui seis vezes à fábrica. Acabei alugando um apartamento por lá.”
– Megan Cox, da Amalie Beauty
A embalagem foi um problema na minha vida: eu perdi vários clientes por conta dela.
E tem mais...
Gostou do post? Vá se preparando que na quarta-feira tem mais dicas sobre como montar sua loja online de maquiagem. Aguarde!
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Artigo repostado do Blog Shopify
Sobre a autora
Gabriela Jungblut é editora-chefe do blog da Shopify em português, gestora de marketing de conteúdo para o mercado brasileiro, tradutora e intérprete de conferências.
Post original em inglês: Dayna Winter
Tradução e localização: Marcela Lanius
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