O ano de 2017 surpreendeu muitos lojistas virtuais com seus resultados, demonstrando que o varejo online ainda é uma ótima oportunidade para fazer comércio, mesmo em tempos de crise financeira.
Segundo a 36° edição do relatório Webshoppers, publicada pelo Ebit, em 2017 o volume de pedidos online cresceu 3,9% em comparação aos anos de 2015 e 2016.
Além disso, um outro fator importante diz respeito ao engajamento dos consumidores ao mercado online. Em relação a 2016, houve um aumento de 10,3% no volume de clientes, deixando claro que a migração para os meios digitais é constante e se mantém expressiva.
E como esse ano também nos surpreendeu aqui no Wirecard, decidimos elaborar este artigo de retrospectiva apresentando uma visão geral dos principais dados, datas, notícias e tendências do e-commerce para 2018, além de apresentar os artigos que mais bombaram no Blog da Wirecard e que você não pode deixar de ler nesse ano. Olha só:
Apesar de 2017 iniciar com escândalos e investigações no espectro político, houve um aquecimento da economia e crescimento de 0,2% do PIB (Produto Interno Bruto), segundo o IBGE. Esse cenário de recuperação econômica foi ótimo para o comércio virtual, ajudando a alcançar os 3,9% de crescimento no volume de pedidos, como mencionamos no início.
Boa parte desse crescimento se deve ao aumento de consumidores ativos e vendas no mobile, que falaremos a seguir.
O 36° relatório Webshoppers mostrou um dado impressionante quanto o número de compradores ativos do e-commerce. Somente no Brasil, 25,5 milhões de consumidores fizeram pelo menos uma compra virtual no primeiro semestre de 2017, representando um aumento de 10,3% se comparado ao ano de 2016.
O Mobile Commerce (vendas online feitas por dispositivos móveis) continua apresentando índices de crescimento acima do mercado. Segundo o mesmo relatório do Ebit, o crescimento do Mobile Commerce em 2017 foi de 35,9%, representando 24,6% de todas as transações online realizadas no ano.
Agora que apresentamos os dados e resultados mais impressionantes do ano, veremos a seguir algumas datas que foram de extrema importância para o mercado de e-commerce em 2017.
A grande vantagem de trabalhar com vendas (tanto online quanto offline) é poder contar com datas especiais e estratégicas, que ajudam a impulsionar o faturamento das empresas. Em relação às vendas online, as principais do ano foram:
Segundo o Ebit, o faturamento do Dia das Mães no e-commerce em 2017, comemorado no dia 14 de Maio, foi de R$ 1,9 bilhão, representando um percentual de crescimento de 16% em comparação com 2016, que faturou R$ 1,62 bilhão na data.
O ticket médio também apresentou uma elevação de 3,7%, subindo de R$ 402 para R$ 417, enquanto que o número de pedidos online subiu 12%.
Segundo Pedro Guasti, CEO do Ebit, “esta data é um importante termômetro para as vendas do e-commerce no resto do ano. O resultado muito acima da expectativa mostra que o consumidor está confiante de que o pior da crise econômica já passou.
Além disso, por possuir preços mais competitivos e disponibilizar entregas em poucos dias em grandes cidades, permitindo comprar mais próximo ao domingo de dia das mães, o e-commerce está atraindo ainda mais consumidores que tradicionalmente compravam no varejo físico”.
Apesar de subestimada, essa data apresentou resultados expressivos em 2017. O faturamento no e-commerce no Dia dos Namorados em 2017 foi de R$ 1,71 bilhão, crescendo 5,1% em relação a 2016. O número de pedidos feitos online cresceu 7,2%, com um ticket médio de R$ 420, segundo dados do Ebit.
O Dia dos Pais 2017, celebrado no dia 13 de Agosto, movimentou R$ 1,94 bilhão no e-commerce, crescendo 10,1% em comparação ao ano anterior. O número de pedidos online aumentou 5,1%, e o ticket médio foi de R$ 462, 4,7% maior do que em 2016, conforme o relatório divulgado pelo Ebit.
Segundo Pedro Guasti, “por ser a primeira do segundo semestre, a data é um excelente termômetro para as vendas no restante do ano. Depois deste resultado, nossa expectativa está no Dia das Crianças, nas vendas de Natal e, principalmente, na Black Friday”.
E por falar em Black Friday, essa data também entrou para a história das vendas online em 2017.
Deixamos a Black Friday por último justamente porque foi a mais expressiva do ano inteiro. Segundo o Ebit, o faturamento foi de R$ 2,1 bilhões, crescendo 10,3% em comparação aos R$ 1,9 bilhões do ano passado. O número de pedidos aumentou 14%, indo de 3,30 milhões para 3,76 milhões.
Em compensação, o ticket médio caiu 3,1%, de R$ 580 para R$ 562. Essa queda pode ser explicada pelas ações promocionais mais agressivas na Black Friday, mais precisamente em categorias de produtos com maior valor agregado, que são as mais consumidas no comércio eletrônico.
Para Guasti, o maior destaque foi o grande aumento no volume de pedidos, que foi quase o dobro estimado pelo Ebit.
Segundo ele, “ao contrário das duas últimas Black Friday´s, que foram pautadas pelo crescimento no ticket médio, neste ano o grande vetor do crescimento foi no número de pedidos. Lojistas de todos os segmentos investiram em promoções na Black Friday com descontos reais, e isso atraiu o consumidor”.
Aqui no Wirecard também tivemos uma Black Friday histórica em 2017. Processamos mais de 100 pedidos por minuto na semana da Black Friday, com um índice de 98% de aprovação. Sabíamos que a data seria boa para as vendas, mas ficamos surpresos com os resultados. E isso aumenta ainda mais nossas expectativas para 2018.
Além de todas as grandes datas que marcaram o ano, os lojistas virtuais (e o mercado de e-commerce no geral) foram impactados com várias novidades relevantes. A seguir, separamos as mais marcantes do ano:
Os altos custos e prazos de entrega demorados foram muito debatidos no mercado ao longo de 2017, seja por trazer custos adicionais às empresas ou por refletir na experiência de compra dos clientes.
Na tentativa de melhorar esse cenário, muitos e-commerces buscam alternativas para a entrega de produtos, como o serviços das startups Loggi e Mandaê, por exemplo. E em 2017, as pequenas empresas precisaram se adaptar com o fim do serviço e-Sedex, oferecido pelos Correios.
Esse fator abriu portas para outras empresas do setor conquistarem seus espaços, fornecendo serviços focados em novos modelos de operação logística.
O crescimento dos marketplaces no mercado global apresentou números impressionantes. Segundo dados revelados na Internet Retailer Conference 2017, o crescimento da Amazon (o maior marketplace do mundo) foi de U$ 24 bilhões, em comparação ao ano passado.
Em segundo lugar, se encontra o faturamento do Walmart, marketplace que fatura aproximadamente U$ 16 bilhões. Até agora, a presença da Amazon no mercado brasileiro é amistosa.
Mas quando a empresa decidir investir ainda mais no Brasil, a melhor opção para os lojistas é estudar maneiras de fazer uma integração com o marketplace para garantir a fatia de mercado.
Em Outubro de 2017, a Febraban anunciou que adiaria os prazos para a emissão do boleto com registro. A decisão para o adiamento ocorreu devido ao volume elevado de documentos (cerca de 4 bilhões de boletos por ano) que vão trafegar no novo sistema.
Quando a notícia sobre o prazo para emissão de boletos registrados saiu, nós a publicamos em nosso blog e percebemos que o volume de acessos foi extremamente alto, entrando para o nosso ranking de artigos mais lidos do ano.
A propósito, o próximo bloco trata dos artigos que mais bombaram no Blog da Wirecard ao longo do ano, e sua construção foi feita com base no volume de acessos de cada texto:
Depois de analisarmos os dados do Blog da Wirecard no Google Analytics, elaboramos uma lista com os top 5 artigos mais lidos ao longo do ano:
Esse foi o top 5 do nosso blog em 2017, mas ainda há muitos outros conteúdos que você pode explorar e aprender conosco. Queremos iniciar o ano de 2018 com novas produções, focadas nas principais tendências do mercado, tanto de e-commerces quanto de marketplaces.
E por falar nisso, dedicamos o próximo bloco deste post para uma análise das tendências mais promissoras do e-commerce em 2018.
Como estamos no fim do artigo, vale a pena explorarmos algumas tendências do varejo online para o próximo ano. Assim, além de se manter atualizado, você pode gerar insights para novas estratégias de negócio. Dentre as principais tendências para o ano que vem, temos:
Segundo um levantamento estatístico realizado pela Gartner, até 2020, 85% das interações com os consumidores serão orientadas por mecanismos automáticos de atendimento, conhecidos como chatbots.
Esse tipo de atendimento já é muito escolhido pelos e-commerces devido a praticidade na interação e produtividade que gera para a operação, já que o chatbot pode fazer múltiplos atendimentos simultaneamente.
Uma outra vantagem do uso de chatbots no e-commerce está na economia gerada para a empresa, já que é possível economizar com equipes de atendimento. Mas apesar disso, uma pesquisa da Amdocs mostrou que 82% dos consumidores ainda preferem o atendimento humano, já que a tecnologia dos chatbots ainda é suscetível a falhas.
As estratégias omnichannel, que permitem uma interação online e offline dos clientes com os produtos ou marcas, estão cada vez mais em alta. E com a implementação do Cupom Fiscal Eletrônico (NFCE) nos pontos de venda físicos, que substituirá o Cupom Fiscal tradicional, será possível utilizar soluções de gestão e de caixa integradas, inclusive em formato Cloud ( nuvem).
Ou seja, além de eliminar a necessidade do papel e otimizar o controle da fiscalização tributária, o uso desse sistema pode auxiliar a transformar virtualmente qualquer ponto de venda (PDV) em uma loja online.
Assim, grandes lojas físicas que também atuam no meio digital poderão estender as vendas para os meios online e offline, e distribuidores poderão melhorar o alcance, graças a um novo canal de venda, sem gerar conflito de interesses com os revendedores, atribuindo a eles o faturamento e entrega final.
Como você viu no início deste artigo, as vendas por dispositivos mobile são muito expressivas, e essa é uma forte tendência que podemos esperar em 2018. Diversos e-commerces já estão priorizando melhorar a experiência dos clientes no mobile após observarem o grande impacto desse tipo de venda.
Por isso, apostamos que uma das principais tendências do e-commerce para o ano que vem será um forte trabalho de vendas para esse tipo de acesso, forçando muitos e-commerces que ainda não priorizam o design responsivo, repensarem o funcionamento do site nos dispositivos móveis.
Aqui na Wirecard, acreditamos que o ano de 2018 trará resultados ainda melhores no e-commerce. Os dados nos mostram que há muito potencial a ser explorado, e nós estaremos a frente para ajudar toda a operação financeira dos lojistas. Estamos muito otimistas e prontos para oferecer uma solução de pagamento online completa e cada vez melhor para os nossos clientes.
E esperamos que você tenha gostado deste último artigo do ano. Se restou alguma dúvida ou sugestão, escreva-a nos comentários. O seu feedback será sempre muito bem-vindo. E caso queira receber as novas produções do Blog da Wirecard de 2018, tudo em primeira mão, assine nossa newsletter!
O post Retrospectiva do e-commerce em 2017 e as principais tendências para 2018 apareceu primeiro em Wirecard.