De acordo com o E-commerce Radar 2017, mais de 60% dos pedidos captados no comércio eletrônico brasileiro são realizados com cartão de crédito. Assim, mais do que um diferencial, oferecer a opção de pagamento em crédito e débito é um requisito para ter sucesso nesse segmento. E é aí que surge a importância de saber o que é subadquirente, adquirente e a diferença entre elas!
Esses dois conceitos, bem como as bandeiras, o gateway de pagamentos e os bancos emissores de cartão, estão envolvidos no processamento dos pagamentos. Eles têm distinções em suas funcionalidades e nas taxas praticadas e, por isso, é essencial conhecer cada um para escolher a opção que se adapta melhor ao perfil do seu negócio e às suas necessidades.
Afinal, sem entender qual é a responsabilidade de cada parte ao processar os pagamentos no seu e-commerce, você pode acabar escolhendo uma opção que traga prejuízo ou que não ofereça uma boa experiência ao seu cliente, fatores críticos para a competitividade do seu negócio.
Por isso, elencamos neste artigo todos os meios de pagamento para ajudar você a ter mais assertividade ao escolher a alternativa ideal para a sua loja online. Vamos lá? Acompanhe!
A adquirente é a ferramenta responsável por processar o pagamento tanto no e-commerce quanto nas lojas físicas, fazendo a comunicação entre os estabelecimentos comerciais, as bandeiras e os bancos emissores dos cartões. Alguns exemplos de adquirentes disponíveis no mercado são a Cielo, a Rede, a Stone e a GetNet, as líderes deste segmento.
No comércio eletrônico, a adquirente faz o seu papel a partir do momento em que o cliente insere os dados do seu cartão para fazer a compra. Com esses dados, a adquirente entra em contato com as bandeiras, que, por sua vez, verificam com os bancos emissores do cartão se o cliente tem saldo, no caso do débito, ou limite, no caso do crédito.
Caso tenha saldo ou limite disponível, a adquirente recebe a informação de que a transação foi aprovada e, assim, libera a compra. Toda essa comunicação entre adquirentes, bandeiras e bancos emissores ocorre em poucos segundos, em um processo que nem mesmo é perceptível pelo cliente.
Após a finalização da venda, o pagamento é feito ao e-commerce em até 31 dias e, em caso de parcelamento, o recebimento pode ser à vista ― por meio da antecipação de recebíveis ― ou conforme o pagamento das parcelas, o que depende do contrato fechado com a adquirente ou com o intermediador de pagamentos. Já no pagamento com débito, a transferência costuma ocorrer de imediato.
Para fazer esse processo, as adquirentes cobram uma taxa por transação, que pode variar entre 2% e 6%, dependendo da empresa, das funcionalidades do plano contratado e também da forma de pagamento escolhida pelo cliente. As taxas mais altas são aplicadas às compras parceladas, enquanto as mais baixas são as praticadas no débito ou no crédito à vista.
Além de fazerem a cobrança por transação, as adquirentes também são conhecidas pelo aluguel das maquininhas de cartão de crédito e débito utilizadas pelas lojas físicas. Neste caso, o uso é cobrado mensalmente, com preços que giram em torno de R$ 100, dependendo da marca e do plano.
De forma geral, o principal ponto positivo de trabalhar com uma adquirente é o custo por transação, que costuma ser menor do que o aplicado por outros meios de pagamento e, assim, acaba aumentando a margem de lucro do lojista. Além disso, esse tipo de serviço também não costuma cobrar taxa de adesão, uma vantagem principalmente para e-commerces que estão em início de operação.
Porém, entre os pontos negativos está a falta de serviços de gateway, serviço responsável por conectar o e-commerce aos meios de pagamento, e de antifraude integrados, o que pode deixar o checkout mais suscetível a erros e fraudes. Esse é um grande risco considerando que o Brasil tem 3,6 fraudes por minuto envolvendo o pagamento com cartão de crédito e débito na internet.
Dessa forma, se você optar por uma adquirente, o ideal é contratar também um serviço de gateway de pagamentos e outro para proteção contra fraudes, a fim de garantir a segurança dos dados dos seus clientes e a do seu próprio e-commerce. Além disso, o serviço de boleto bancário precisa ser contratado à parte, caso você deseje oferecer essa forma de pagamento aos seus consumidores.
Assim, ao decidir contratar uma adquirente, lembre-se de adquirir também esses outros serviços e de analisar qual é a empresa que oferece as taxas mais atrativas e que disponibiliza as principais bandeiras de cartão. É importante fazer essa avaliação considerando o seu modelo de negócio.
Existem e-commerces, por exemplo, em que a maioria das vendas é feita de forma parcelada. Nesse caso, vale conferir qual é a menor taxa para esse tipo específico de pagamento, já que as taxas para venda no crédito à vista podem até ser menores, mas isso acabaria não favorecendo esse tipo de loja online.
O contrário também pode acontecer, por isso, avalie sempre o que mais compensa especificamente para o seu e-commerce.
Até 2010, as adquirentes podiam manter contrato de exclusividade com as bandeiras de cartão no Brasil. Isso quer dizer que determinada bandeira só poderia ser utilizada por uma adquirente específica, o que limitava a atuação dessas empresas. Com o fim desta possibilidade, todos os players desse segmento mantiveram contratos com as bandeiras mais utilizadas e um número significativo de novos players foi introduzido no mercado.
A Cielo continua sendo uma das principais empresas desse meio. Hoje controlada pelo Banco do Brasil e pelo Bradesco, a companhia foi fundada em 1995 por essas duas instituições em conjunto com os bancos Real e Nacional. Em 2017, a organização registrou um volume financeiro de R$ 625 bilhões em transações e, segundo ela, 50% dos e-commerces contam com a solução da empresa.
Na Cielo, a taxa de transação para as vendas feitas no débito é de 2%, enquanto as realizadas no crédito à vista e no crédito parcelado são de 2,5% e 3,25%, respectivamente, com pagamento em até 31 dias. A empresa não cobra tarifa de adesão e aceita 10 bandeiras.
Outra adquirente que se destaca no segmento é a Rede, fundada em 1996 e controlada pelo Itaú Unibanco. A solução online aceita 13 bandeiras no cartão de crédito e 2 no débito, e não há taxa de adesão e mensalidade. Para conhecer as taxas por transação, é necessário entrar em contato com a empresa.
Juntas, Cielo e Rede concentram cerca de 70% do volume de transações com cartões no mercado brasileiro, índice que já foi de 90% antes de as empresas perderem espaço com a chegada de novos players. A GetNet, por exemplo, é uma das adquirentes que vem conquistando bons números nos últimos anos, a partir do fim da exclusividade entre bandeiras e empresas de adquirência.
Controlada pelo Santander, a organização, criada em 2003, expandiu a sua participação nesse mercado para 13,2% no segundo trimestre de 2018. Para contratar a solução da empresa não há taxa de adesão, as principais bandeiras de mercado são aceitas e as vendas podem ser parceladas em até 12 vezes.
Já a Stone, fundada por brasileiros em 2012, também está em ritmo de crescimento. Em 2017, a receita da empresa atingiu R$ 766,6 milhões, aumento de 74% em relação ao exercício anterior. Além das maquininhas para lojas físicas, a Stone também disponibiliza soluções online e é necessário entrar em contato para conhecer as taxas praticadas.
O papel dos gateways é processar o pagamento no momento do checkout e facilitar a integração das lojas com os diversos meios de pagamento existentes no mercado ao transmitir os dados fornecidos pelos varejistas. A comunicação da loja virtual com o gateway ocorre por meio de um webservice que é disponibilizado como API (interface de programação de aplicativos).
Funciona assim: o cliente insere os dados do cartão na plataforma da loja online e o gateway de pagamentos transmite esses dados para a adquirente que, por sua vez, se comunica com a bandeira, responsável pelo contato com os bancos emissores para confirmar se há saldo ou limite disponível.
De forma mais prática, é o gateway de pagamentos o responsável por conectar o e-commerce aos meios de pagamento — é como a maquininha de cartão nas lojas físicas. Diferente das adquirentes, a cobrança não é realizada em percentual sobre cada transação, mas pelo número total de transações realizadas pelo e-commerce.
Quando o lojista utiliza essa opção, o valor da venda vai diretamente para a conta da empresa, o que é um ponto positivo para o negócio. Já o ponto negativo é que o gateway possui um alto custo de implementação, pois exige a contratação de mais um serviço antifraude e de um conciliador de recebíveis, além do contrato com uma ou mais adquirentes, dependendo da variedade de bandeiras que você pretende aceitar.
No Brasil, os maiores gateways de pagamento são a MundiPagg, a Adyen e a Braspag. A Mundipagg, por exemplo, oferece 14 bandeiras de cartão, entre crédito e vouchers, e abrange 8 adquirentes. A Adyen, por sua vez, reúne diversos métodos de pagamento em uma só solução e cobra uma taxa de processamento mais uma taxa do método de pagamento por transação.
Já a Braspag oferece 24 meios de pagamento e faz a cobrança pelo número de transações. Para conhecer as taxas de todos os gateways de pagamentos, é necessário entrar em contato com as empresas, uma vez que as soluções são customizáveis e flexíveis e, por isso, variam conforme o modelo de negócio.
Se você quiser entender melhor como funcionam os gateways e qual é a diferença entre eles e um intermediador de pagamentos, faça o download do nosso e-book sobre o tema! Nele, você vai entender quais são as funcionalidades de cada opção e como escolher a melhor para processar o pagamento na sua loja online! Basta clicar na imagem abaixo para baixar o material gratuitamente:
As bandeiras de cartão são as empresas que fazem a comunicação entre a adquirente e o banco emissor do cartão. Elas processam as transações analisando o perfil de consumo e repassam essas informações para a instituição financeira. É graças a elas que você pode utilizar o mesmo cartão de crédito em qualquer lugar do mundo, desde que haja um meio de pagamento compatível com a sua bandeira.
As bandeiras mais presentes no mercado brasileiro são Visa e MasterCard, seguidas por American Express, Diners, Hiper, Elo e Aura. Essas marcas conseguiram criar redes de processamento confiáveis e integradas, capazes de processar milhões de pagamentos por minuto, tanto nos terminais online como nos físicos. Isso permite que os custos sejam menores e as transações mais seguras e com suporte.
Segundo os dados de desempenho operacional da Visa, existem mais de 2,3 bilhões de cartões que possuem a bandeira, aceita em mais de 200 países. A MasterCard, por sua vez, é aceita em 210 países.
De acordo com o Relatório de Vigilância do Sistema de Pagamentos Brasileiro do Banco Central de 2015, o índice de concentração dessas duas bandeiras no mercado de pagamentos do Brasil caiu de 90,8% em 2014 para 88,7% no ano seguinte. Uma das explicações pode ser a propagação de outras bandeiras, como Hiper e Elo. Esta última já conquistou a terceira posição no mercado brasileiro.
As bandeiras não são as responsáveis por definir as taxas e juros, quem faz esse papel são os bancos emissores de cartão. Por isso, você pode ter dois cartões com a mesma bandeira, mas com taxas diferentes, de acordo com a instituição que o opera.
E já que acabamos de falar neles, os emissores de cartão são bancos ou outras instituições financeiras, e até mesmo do próprio varejo, que fornecem cartões para correntistas e para outros usuários sem conta vinculada à entidade. No processo de pagamento, os bancos emissores são os responsáveis por verificar a disponibilidade de limite ou de saldo para aprovar a compra.
Assim, se existe saldo, a instituição emissora realiza a cobrança pela transação ou, no caso do crédito, reserva o valor na conta do comprador. De acordo com o ranking Melhores e Maiores da Revista Exame, divulgado em 2016, o Bradesco, o Itaú Unibanco e o Banco do Brasil são os maiores emissores de cartão do Brasil.
Já em relação ao valor percebido pelos clientes, conforme estudo divulgado pela consultoria CVA Solutions, os cartões favoritos dos clientes brasileiros são os emitidos, em ordem de preferência, pelo Nubank, Amex, Citibank, Santander, Caixa, Bradesco, Credicard, Itaú, Banco do Brasil e Banrisul.
Até agora, nós falamos das diversas partes envolvidas para processar o pagamento no e-commerce. São adquirentes, bandeiras, bancos emissores e gateways, e isso sem contar com a necessidade dos serviços antifraude e de conciliação financeira. Adquirir as soluções de todas essas empresas de forma separada pode ser um pouco exaustivo e é aí que entram as subadquirentes e seus benefícios!
As subadquirentes são empresas que fazem a intermediação dos pagamentos entre todos os agentes sobre os quais falamos. Sua função é transmitir os dados da transação à adquirente e liquidar os recebíveis junto aos lojistas.
Quando um e-commerce contrata uma subadquirente, como a Wirecard, não é necessário firmar contratos com as adquirentes, as bandeiras e os gateways, porque essa solução abrange todos esses serviços com um só contrato e a partir de uma única integração. Além disso, os serviços costumam ter baixo custo de implementação, em um processo simples e rápido.
As subadquirentes são uma ótima opção porque possuem parcerias com as maiores adquirentes, o que garante uma grande variedade de opções de pagamento aos clientes. Elas também têm um serviço completo, englobando todas as etapas do processo de pagamentos, como gateway, antifraude próprio e análise de risco contra o chargeback, um problema que atinge e-commerces de qualquer porte e nicho.
Um dos pontos que diferencia as subadquirentes disponíveis no mercado é o fato de que, em algumas, o cliente é levado para fora do site da loja para processar o pagamento, uma prática que pode deixar o consumidor inseguro ao colocar os dados do cartão e, inclusive, gerar o tão temido abandono de carrinho.
Pensando nisso, a Wirecard foi a primeira subadquirente no Brasil a oferecer o checkout transparente, uma ferramenta que permite o processamento do pagamento no site da própria loja, oferecendo ao comprador final uma sensação maior de segurança e credibilidade. Com ela, é possível aumentar a taxa de conversão em até 30%.
Assim, o contrato com a Wirecard traz diversas facilidades, como o checkout transparente, e elimina a necessidade de fazer integrações com as adquirentes, com o gateway de pagamentos e com os serviços de gestão de risco e de conciliação, já que esse intermediador de pagamentos oferece todos esses serviços em apenas um contrato.
Para saber mais, acesse o nosso site e entenda melhor as vantagens da Wirecard para e-commerces, marketplaces, lojas físicas e autônomos!
Agora que você já sabe o papel de cada agente no processo de pagamento de um e-commerce e consegue distinguir as principais diferenças entres essas opções, é preciso saber por onde começar a fazer suas escolhas.
Em geral, a opção mais prática, eficiente e segura sempre será o intermediador de pagamentos. Afinal, ele oferece, por meio de um único contrato e integração, toda a estrutura que seu site precisa para o recebimento de pagamentos online. Mas você precisa analisar como o seu negócio se adapta a cada solução.
Primeiro, é necessário avaliar as necessidades da sua loja, a realidade do seu negócio e identificar as soluções que podem contribuir para o seu crescimento. Nesse sentido, é preciso fazer um comparativo entre os meios de pagamento observando as taxas, prazos, condições e diferenciais praticados por cada um deles.
Não importa o tamanho do seu ticket médio: oferecer diversas formas de pagamento costuma ser uma decisão assertiva no e-commerce, pois pode garantir uma alta taxa de conversão. Porém, avalie o seu caso. Se o seu produto exige entrega no mesmo dia, por exemplo, provavelmente o pagamento por boleto bancário não é uma boa opção.
Como dissemos no início deste artigo, também vale entender qual é a preferência do seu consumidor em relação às formas de pagamento. Se o seu e-commerce costuma vender de forma parcelada, uma taxa mais baixa para esse tipo de venda é mais atrativa do que um valor menor em compras à vista. O contrário também pode ocorrer, por isso, vale entender o perfil do seu cliente!
Se você está começando no e-commerce e não pretende aceitar todos os meios de pagamento, é preciso considerar todas as opções antes mesmo de escolher a plataforma. Isso porque é preciso levar em consideração quais integrações já estão disponíveis e quais precisariam ser desenvolvidas, além do que você pode integrar no momento e o que precisará esperar.
Agora, se você já tem uma loja online e quer contratar alguma dessas opções de pagamento, pense antes em como fazer uma adaptação estratégica e eficiente a essa nova solução. Nesses casos, se a loja contar com uma boa equipe de desenvolvimento, é possível investir em soluções personalizadas de um gateway de pagamentos.
E para quem trabalha com plataformas open source ou aplicativos, uma boa alternativa é a integração via API a uma adquirente. Essa prática permite mais flexibilidade e possibilita a redução dos custos com checkout.
Enfim, esperamos que essas dicas tornem mais fácil a escolha do meio de pagamento para o seu negócio. E se tiver alguma dúvida, deixe seu comentário ou entre em contato com a nossa equipe. Nós estamos à disposição para ajudar! Além disso, não deixe de conferir os outros artigos do nosso blog: há muito conteúdo sobre gestão para você alavancar as vendas no seu e-commerce!
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